Campos desbravados,
secos cântaros
que se deitam
por terra,
no desejo de ficar,
mas não conter,
esterilizar
o negro do açude
que arde no arsénio conjugado de dor
e querendas sem fim,
morre o desejo no ermo
que não apraz
nem amplifica a libido que traz...
A tintura verde tinge o opiáceo
dos dedos gretados que fingem mel...
O precário do teu beijo
entala-se num abrupto solário
de insatisfações que não brindam,
mas se ficam,
quedam-se juntas
num pó branco macabro,
insolúvel,
que brilha no solo quente,
ergonomias "restatórias"
de um tempo que não vocifera
nem faz corte à foz...
só me resta o luto
neste sapal de morte,
e de rochedos vãos...
Sem comentários:
Enviar um comentário