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sábado, 27 de março de 2021

Seta de orgulho

 

As aparências ofuscam as praças onde a população se exalta e se devora...

O guindaste aprova, e a chaminé calculista envelhece.

A primeira hora reitera na chegada…

A reserva desbota-se num bolor que 

ultrapassa…

Na parelha a trova perfilha,

A teima reprova,

O cuco dá horas!

A camioneta febril desacelera.

O justo desaponta quando a parelha tenciona…

Na jaula o pai indica a mudança de um clima não domável!

A coleção de setas na montra recorda uma acidez de mercúrio “coagitante “ em 

mordomia.

A poltrona já gasta seduz, a caldeira aquece e a telefonia afónica leva os 

resquícios de mais um dia. A caixa de fósforos já húmida pela geada de nada serve para 

aquecer a alma, poupada de encantos e de cenários abrasivos que enfraquecem a pele e 

surtam nas mãos como uma lesma pegajosa de cores indiferentes e platônicas.

Um feixe de palha fica a monte na falésia Redonda, onde a mula da Dona 

Cristina se aquece e pernoita. 

Uma mosca estranha marcha ao vapor das intrigas da 

populaça, encoberta em sons agudos mortificados, como preceitos de instrumentalismo se 

vagos, que dão origem a um quociente amargo … 

A luz torna-se queixume e relíquia de toucador, os vagalumes reiteram o voo, 

em ínfima instância xilóide e primaveril. 

As arcadas vestem-se de negro e acompanham 

a sua serenata de luzes verdes, pontos achados na escuridão sombria… 

As flores em 

cadeia ressuscitam e trazem pano novo para o piso calejado pelo tempo, as pegadas 

gritam fortuna numa orquestra sinfônica onde se estica o pranto.

Entre o carvalho e a acácia o diabo regurgita na sua ode solitária, numa jaula 

ocular de temores e de tirania ideológica, que suga, imobiliza e entorpece quem passa.

Rapta o fogo numa porta aberta e semeia-o pelo vento como apanágio de rancores não 

filtrados, mas imortalizados numa melodia perdida. 

Gritos decoram a sua tela de 

amargura, a sua textura e cor lembram o azedo do seu olhar profano, remetido em 

fendas que ultrapassam o chão e o consciente mundano.

O ódio sentido é ultrajante, sem caracterização possível ou palavras que lhe 

valham a descrição, não cabe nos variados pronomes e adjetivos de um dicionário lírico 

normal, a tortura do seu comportamento é um promontório mesclado de agonia que 

furta o “Eu” de quem tem mais mania e auto-sincronia…


Imagem retirada da internet:



sábado, 20 de março de 2021

Ventus

 Sopra a noroeste,

ondas vibram 

perante uma costa vazia

Acalcam hastes!

Amalfio Veris Sensat!


Imagem retirada da internet:




segunda-feira, 15 de março de 2021

Corpus Juris

 Tot capita,

Tot sentential.

Deus consagra os calabouços

De alma

Ao anestésico pantesco,

Prisioneiro "excomuni"

Sacro de insondáveis 

Mysterios

Erem sóbrio

Destila medo

Em degredos.


Imagem retirada da internet:





domingo, 7 de março de 2021

Igreja da Guiné

O pesar arde no peito,

O arfar da dor

Pelos que dão a vida a outros!

Oro pelos amigos da fé

E que possam usufruir segurança

E protecção de Deus!

A ansiedade transfigura—se

Em lamentos...

Só me resta orar, 

Sem outras opções

Ou soluções,

Só Deus possui o firmamento!

 Aos pastores Nenê e Irina força !

Combatemos um bom combate,

Agora guardamos a fé!

https://photos.app.goo.gl/HyZRiopRXQ7D3TmC8