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terça-feira, 1 de junho de 2021

Ida ao Hades


Se Deus te desse uma oportunidade

De ir ao hades

Numa viagem de ida e volta

Quem reencontrarias?

Ou quem trazias para a luz?

Um verdadeiro amor

Dizimado por Lucifer???

Ou uma alma cativa

Dos grilhões da morte,

Servos da noite e das trevas???

Conseguirías libertá —lo

Do poder imundo

Irascível e sagaz...

Onde pernoitam

Os fantasmas

E as mágoas

Em lilás???!!!


Imagem retirada da internet:



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Celestial

 Naus de anjos

Perfuram as ondas

Em emboscada de almas,

Mensageiros leais do seu amo

Traçam Missões impossíveis

Combatem com zelo

Contra as potestades

E os seres caídos

Acorrentados pela carne

E pelo ópio dormente 

Que estala entre as frestas

De bosques rancorosos com medo...


Imagem retirada da internet:

sábado, 27 de março de 2021

Seta de orgulho

 

As aparências ofuscam as praças onde a população se exalta e se devora...

O guindaste aprova, e a chaminé calculista envelhece.

A primeira hora reitera na chegada…

A reserva desbota-se num bolor que 

ultrapassa…

Na parelha a trova perfilha,

A teima reprova,

O cuco dá horas!

A camioneta febril desacelera.

O justo desaponta quando a parelha tenciona…

Na jaula o pai indica a mudança de um clima não domável!

A coleção de setas na montra recorda uma acidez de mercúrio “coagitante “ em 

mordomia.

A poltrona já gasta seduz, a caldeira aquece e a telefonia afónica leva os 

resquícios de mais um dia. A caixa de fósforos já húmida pela geada de nada serve para 

aquecer a alma, poupada de encantos e de cenários abrasivos que enfraquecem a pele e 

surtam nas mãos como uma lesma pegajosa de cores indiferentes e platônicas.

Um feixe de palha fica a monte na falésia Redonda, onde a mula da Dona 

Cristina se aquece e pernoita. 

Uma mosca estranha marcha ao vapor das intrigas da 

populaça, encoberta em sons agudos mortificados, como preceitos de instrumentalismo se 

vagos, que dão origem a um quociente amargo … 

A luz torna-se queixume e relíquia de toucador, os vagalumes reiteram o voo, 

em ínfima instância xilóide e primaveril. 

As arcadas vestem-se de negro e acompanham 

a sua serenata de luzes verdes, pontos achados na escuridão sombria… 

As flores em 

cadeia ressuscitam e trazem pano novo para o piso calejado pelo tempo, as pegadas 

gritam fortuna numa orquestra sinfônica onde se estica o pranto.

Entre o carvalho e a acácia o diabo regurgita na sua ode solitária, numa jaula 

ocular de temores e de tirania ideológica, que suga, imobiliza e entorpece quem passa.

Rapta o fogo numa porta aberta e semeia-o pelo vento como apanágio de rancores não 

filtrados, mas imortalizados numa melodia perdida. 

Gritos decoram a sua tela de 

amargura, a sua textura e cor lembram o azedo do seu olhar profano, remetido em 

fendas que ultrapassam o chão e o consciente mundano.

O ódio sentido é ultrajante, sem caracterização possível ou palavras que lhe 

valham a descrição, não cabe nos variados pronomes e adjetivos de um dicionário lírico 

normal, a tortura do seu comportamento é um promontório mesclado de agonia que 

furta o “Eu” de quem tem mais mania e auto-sincronia…


Imagem retirada da internet:



sábado, 20 de março de 2021

Ventus

 Sopra a noroeste,

ondas vibram 

perante uma costa vazia

Acalcam hastes!

Amalfio Veris Sensat!


Imagem retirada da internet:




domingo, 21 de fevereiro de 2021

Vesica piscis


Ondulações que usurpam o elo,
Astenia devoradora quebra a fronteira do desgaste
Remanescente de ambulatórios sagrados
Onde o medo respalda
A fechadura ilusória
Impositiva de recalques 
Invasivos quebram o muro a Oriente
Onde os teus lábios assobiam
E marcam encontro com o véu
Espumante de um mar sedento
Que brinca com a voz e leva o vento!


Glicínias

A gaivota sobrevoa em círculos

Atenta à ordenança do vento,
A moz do moinho desfalece
Em temores extrapolados 
O Adamastor devora—lhe 
A saudade e os quatro pontos cardeais,
 Quedam ao som dos ecos de tortura,
Onde o rancor pula e dá voz ao medo,
Gritos de desamparo e tertúlias evasivas
Recobrem credos num alçapão
Sozinho.




sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Impiedade

 O ímpio espreita e cobra

mas quem cobra nesta hora?

És tu ou Deus?

Deus vem sem reserva!

Prepara-te!

Vigia e abandona a tua graça!

Não faças troça de quem é e não deixou de ser!

Cuidado!

A morte apanha-te de soslaio!

E sem demora és como a palha

que se espalha!

O vento assobia

para onde vai 

e pernoita?

Num momento tudo muda!

O chão abala-te

e  as trevas inundam!!


Retirada da Internet:


Legenda: Friné antes do Areópago, de Jean-Léon Gérôme , c. 1861