Afiliados Wook
sábado, 27 de fevereiro de 2021
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Vesica piscis
Ondulações que usurpam o elo, Astenia devoradora quebra a fronteira do desgaste Remanescente de ambulatórios sagrados Onde o medo respalda A fechadura ilusória Impositiva de recalques Invasivos quebram o muro a Oriente Onde os teus lábios assobiam E marcam encontro com o véu Espumante de um mar sedento Que brinca com a voz e leva o vento!
Glicínias
A gaivota sobrevoa em círculos
Atenta à ordenança do vento, A moz do moinho desfalece Em temores extrapolados O Adamastor devora—lhe A saudade e os quatro pontos cardeais, Quedam ao som dos ecos de tortura, Onde o rancor pula e dá voz ao medo, Gritos de desamparo e tertúlias evasivas Recobrem credos num alçapão Sozinho.
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Dust Evil
O assombro do desconhecido,
Com vestes de mordomia,
Recalques inusitados
Num âmbar precipitado
Elixir de novos ecos.
o amor esse macabro
cinge o retalho
Agreste de enfeites multicolores
Demarcando a feição de uma seta
Que aflige a armadura e trespassa
a criação!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Colo de Jesus
Já não adoram o ouro que sobeja
Na Fonte há maresia em "Supra"
Que recorda os teus lábios,
Em supremo galanteio
Afirmas a redondeza de um singular dom,
Onde Deus opina e aponta a saída!
Leva—me no teu regaço
Onde o peito se inclina e restaura
A tez dos teus beijos,
São caramelos preparados com o sabor
Da paixão, que vinga nas veias e esbraveja
Ondulando em querelas em flor
Que mitigam os sons em nado
No lago do narcísico extasiado
Em conformismo com o seu espelho
Enganador!
Valsa
As paredes de alabastro
Revelam saudade em cal,
O arrependimento uma chaminé sem asas...
A Máscara
Da fantasia não esconde
A flecha que trespassa.
A agonia envergonha...
É um novo dia de pranto,
Os dias numa malga
Como ”sorvidos” num gole
Que trespassa a alma,
As muralhas ajoelham—se
Perante o mar ,
Prestam—lhe vassalagem!
Paz na terra e amor a Deus!
Faz colina na chegada,
E amor em salga.
As flores brotam em musgo verde,
A sua permanência,
Resoluta
Amorosa e mistificada
Rodeada de ladeiras em afrontamento
Descarnadas em emblemas de ópio
Mascarado em dilemas de desamor,
A chave mestre categoriza
Sentimento em ordenança superior!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Sanctus Jacobus
Revés de montanha que verga
A morte num convés seduz—te de esguelha!
Lança—te a rede do ódio,
Esse vassalo do mal,
Repassa—te com uma seta envenenada,
O seu prazer a aflição!
Gritos moribundos ressalvam
Um instinto de revolta,
Aprendiz da ingratidão!
Insalubre lago de cobiça
Trai quem passa e quer beber
Porque imagina perfeição!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
AVE, César!
Imperador
e usurpador!
Requintado e sem fulgor
César fascina um dia e caí traído noutro....
O PODER contamina !
Tal como um vírus dissemina!
O seu próprio filho se torna o assassino!
"Tu quoque fili?"
De que vale bustos e peças
Perdidas?
Tudo é um sopro e ninguém cá fica!
Trepanação
Fica a aurora de outro dia que espero
Para lá do céu e da matéria física!
As futilidades causam—me amnésia...
Recordam—se na passagem de Jesus
Em que exclama: "Não Vos Conheço!
Apartem—se de mim !"
Vigiam o sacramento ao dinheiro
E não à glória divina,
São casquilho por dentro!
Adormecem na promessa
O promissor é o que fazem ou refazem sem a ordem de Cristo...
Afunilados por dentro
Pela prática de desterros e mensagens vãs!
Arrebatamento
A saída de Escape
De verga recolhe quem ensina...
Deus vem em auxilio dos excluídos e vexados!
Não caias no conto do Vigário!
Que melhor professor senão ELE!
Melhor que um achado ou uma conquista!
Vem sem sermão inusitado!...
Velho do Restelo
Quero andar com ele,
Com o velho do Restelo,
Paralisar o estaleiro
E recomeçar de novo,
Mergulhar num açoite e vasculhar
A alma não precisa de acento...
Na resposta acalma.
Botão recolhido,
Forte vazio,
Cara temperada
Numa panela de pressão amolada
Repassa o caldo
Para a lareira
Onde as brasas dançam e as cinzas
Renascem sob um balcão de xisto
Quebrado que lembra um jazigo habitual...
Dextra Oca
Sou afortunada sem saber,
Doce alma
Protegida na enseada,
Sem rigor
Ou o percevejo da agonia
Sobeja a arte
Num pluviômetro banido...
A moldura rememorativa
De uns lábios côncavos
De aroma sorridente,
Quente nas alturas
E aflitivo nas tonturas!
Legenda: Fonte da Beira alta