Desalento sem refrigério, pestilento
E casual, mantra dissolutivo e banal
Tântrico do absoleto
E da miséria actual!
Divas dândis e rigores sem isenção...
Trepanismo variegado
E refolho colossal!
Imagem retirada da Internet:
É "muy interesante" a brevidade
da vida...
Outro dia livre...outro perseguida...
Tal orpheu em cilada
por um sistema que te engole
como a baleia de Jonas...
Mas vivas estás!
Se as dores que sentes ...
não fingem
mas atribulam-se
no olhar...
Um tributo
à chegada...
Tudo arde e coagula nas veias...
como uma janela exterior encerrada...
Imagem retirada da internet:
Quero andar com ele,
Com o velho do Restelo,
Paralisar o estaleiro
E recomeçar de novo,
Mergulhar num açoite e vasculhar
A alma não precisa de acento...
Na resposta acalma.
Botão recolhido,
Forte vazio,
Cara temperada
Numa panela de pressão amolada
Repassa o caldo
Para a lareira
Onde as brasas dançam e as cinzas
Renascem sob um balcão de xisto
Quebrado que lembra um jazigo habitual...