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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mar de Ópio!

 Meu País!

Meu Portugal!

que te resta além do Mar?1

Submerges em odores de pó,

e travos de engano!

As redes de pesca são a pedofilia,

e amargura em fel na Culatra!

Etiquetas prontas para consumo 

estão dirigidas às crianças fora da lei!

Crianças deitadas no lixo,

prontas para serem apreciadas em forma de bolo

que o Lúcifer conquista!

Mordomia esta e vaga

de um país deitado ao Mar!

Onde os pupilos pedem socorro!

e mordem a armadilha

com coleiras enlaçadas 

em tons de Amarelo!


Vejo-te!  

E não és grande!

Não sais daqui se não me engano!



 

Autóctone

 A arma a sua colectividade!

Vozes-problema onde a questão se ausenta...

trilhos onde dão a casas- doce,

onde uma feiticeira se prepara 

para tragar as presas,

delicadas de pele rosada ...

pedras que enfeitam a calçada

mas nada dizem,

São esquemas,

agarrados ao dinheiro

na causa-problema...

Repulsa

 Há vozes que causam repulsa,

são alarmes da manhã interior para o que se revê !

Desde a infância

uma audição apurada,

em que algumas vozes se mascaram 

de suave, mas são infiéis ao ditado!

são terroríficas no seu achado! 

macabras no ser e na disposição de estar

sem ser...

São distintivas e taxativas...

são as vozes do pecado!

Vocábulos que saem da faringe

onde se distingue a carne,

pode ser sedenta ou a morte certa!

São repulsivas e frigoríficas ,

induzem o vómito

e enjoos fora do horário nobre!

Posso estar rodeada,

 acompanhada, de mão dada!

mas distingo-as de entre a populaça !

Tenho que fugir dos protagonistas, 

de um filme mal ornamentado,

onde as facas são os seus senhores!

Encosto-me no chão ou dou de choque 

com uma parede para interromper o vómito

ou a sua persuasão!  


 

sábado, 24 de outubro de 2020

A morte

 Ao longo da vida sempre dei de caras com ela!

Sempre a reconheci entre rostos

e alturas!

Por vezes puxa-me como um cordão!

Com um simples abanão,

faz perder a razão!

Mas sempre consegui desatar-me dos 

 nós!

Detectei-a uma vez no metro

a fazer uma reza estranha noutra língua!

Fez-me suar desalmadamente! 

O coração bateu em 4 linhas!

Nesse dia supliquei baixinho pela vida!

Nunca me hei-de esquecer !

quase chorei naquele carris de metro,

com uma multidão,

Mas sozinha!

 Supliquei pela vida!

Por dentro senti o futuro a fugir-me das mãos!

A vida não me pertence sequer!

Quanto mais a cama 

ou chão onde piso!


imagem retirada da internet:




quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Voz

 A voz constrói a identidade de alguns

De outros não,

São banidos desse direito!

Há vozes que me induzem o vômito!

Activam a campainha orgânica da fuga!

Basta ouvi—las para o subconsciente dar o alarme:

"Não vás por aí!"

Tornaram—se apelos terroristas no sentir e no estar!

Aversativas na atuação de um social oco e extraviado...

Símbolos de vidas penhoradas!

Posso estar separada por um muro

Ou numa jaula

Mas vou sempre distanciar—me das pessoas dessas vozes...

Só sigo uma! Essa recebe—me de braços abertos!!!

Parâmetros

 Nunca apreciei delimitações...

Aqui não há patriotismos cativantes, é tudo um clichê....

Só se ditam pelo dinheiro e por aparências

Miscelâneas...

Oram por estatutos e por orgulhos extrapolativos...

Lembro—me num acto de revolta à mesa na hora de refeição dizer aos meus pais que tinha vergonha do meu país!

E gritava aqui tudo é desigual, e o trato prima pela exclusão e divisão, 

Até na escolinha a professora dividia a sala em grupos:

Havia os preferidos e os ranhosos..

Eu fazia sempre parte dos detestáveis ,

Uma mulher fascista  no trato e nas emoções!

Tinha lhe tanto temor ! A voz dela era já um estímulo fobico e repugnante!

Que vomitei—lhe tudo num momento...

Ficou a cheirar a peixe logo no começo da manhã...

Os seus gritos eram perfurantes e agonizantes

Uma fulana Insuportável!

Aqui sobe—se a escada do sucesso aparente

Com armas desiguais,

Refratário na atribuição de sucessos..

Cobiças e façanhas de farelos falsos

Para encher o papo das galinhas mas que se engasgam

Com a falsa fartura...

A Pátria aqui não se faz pela paixão mas pela extrapolação...

Aqui tudo está vendido ao dinheiro,

Até os sentimentos.... Não são mais genuínos,

Estão comprados!



terça-feira, 20 de outubro de 2020

Ponte Murada

 

Com muros a esbater-lhe na alma!

Uma agonia vaza,

Temperamental mas condimentada,

Invitrescível mas achada,

Confortada pelas mãos que amparam

E não julgam!


imagem retirada na internet:



Ponte Saint Bénézet, sobre o rio Ródano | Avignon, França