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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Minério de Exploração (cont.)

Curva Solta,
queda tudo
até resoluta
a mordomia filigrana,
surte numa bagagem 
mal executada,
"ventrilizada" e
condicionada por limites 
de um trapézio
arredondante,
nas grades o emblema genocídio deturpante,
que se soltam e entorpecem...
consistência afável de rios 
de oiro..
tangente voraz
que viola as almas ,
correntes de ócio
e cadeados angulares
dos artesãos que minam a cidade...
há concorpencias a galope,
fileiras anti- filantrópicas 
de um terreiro de escadas e corrimões
sem oração ...
são emulsões silábicas que saem 
irresolúveis,
ruídos opacos atravessam a estrada,
agrilhoados à imperitação 
sem racionalização
onde abarga a solidão...  



Minério de Exploração

O  truste copia 
explora e negligencia,
o poder opressa,
busca 
furtar
o único,
a unidade,
o destaque interpretativo
egodistónico,
horizonte
distancial,
de onda de choque,
perfura o ambiental
que não é sazonal,
uma queda em altura 
num rinoceronte,
que do nada transmuda
num baldio fora de casa,
o dominante 
plagia como armadilha,
num pelouro
sem alegria,
espiritualidade indigna,
no subsolo
em ebulição,
para lá do equinóceo 
e do temperamento... (cont.)


Níquel

Campos desbravados,
secos cântaros
que se deitam
por terra,
no desejo de ficar,
mas não conter, 
esterilizar 
o negro do açude 
que arde no arsénio conjugado de dor
e querendas sem fim,
morre o desejo no ermo
que não apraz
nem amplifica a libido que traz...
A tintura verde tinge o opiáceo 
dos dedos gretados que fingem mel...
O precário do teu beijo
entala-se num abrupto solário
de insatisfações que não brindam,
mas se ficam,
quedam-se juntas
num pó branco macabro,
insolúvel,
que brilha no solo quente,
ergonomias "restatórias"
de um tempo que não vocifera 
nem faz corte à foz...
só me resta o luto 
neste sapal de morte,
e de rochedos vãos...