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segunda-feira, 15 de junho de 2020

MERLE

De main en main,

un merle vient chanter sur une corde,

le long de la route

dérapage,

dans chaque pièce humide!

Cela apprivoise le chemin de l'ingratitude!




quarta-feira, 10 de junho de 2020

Varadins

Os varadins revestem_se
De restolho,
A violência do ar me afecta...
Os insectos atordoam
Numa afectancia que não repara,
Mas se estende
Feito equinacea
Na folhagem verde,
DEUS habita ...
Nao me atemorizo
Na acomodação sedentária
A armadilha lançada pela aranha
Se alonga na prata
A luz atrapalha,
A noite lânguida
Atravessa um parapeito descoberto
Profilático remetido a um
Brilho que oscila entre
O dar e o querer..
A lamparina velha comediante
Amorfa na sua natureza
Emana um aroma
Comedido e destilante..
O acre alojado nos crânios
Ferve uma aurora branca
Que remata a cada instante...

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Minério de Exploração (cont.)

Curva Solta,
queda tudo
até resoluta
a mordomia filigrana,
surte numa bagagem 
mal executada,
"ventrilizada" e
condicionada por limites 
de um trapézio
arredondante,
nas grades o emblema genocídio deturpante,
que se soltam e entorpecem...
consistência afável de rios 
de oiro..
tangente voraz
que viola as almas ,
correntes de ócio
e cadeados angulares
dos artesãos que minam a cidade...
há concorpencias a galope,
fileiras anti- filantrópicas 
de um terreiro de escadas e corrimões
sem oração ...
são emulsões silábicas que saem 
irresolúveis,
ruídos opacos atravessam a estrada,
agrilhoados à imperitação 
sem racionalização
onde abarga a solidão...  



Minério de Exploração

O  truste copia 
explora e negligencia,
o poder opressa,
busca 
furtar
o único,
a unidade,
o destaque interpretativo
egodistónico,
horizonte
distancial,
de onda de choque,
perfura o ambiental
que não é sazonal,
uma queda em altura 
num rinoceronte,
que do nada transmuda
num baldio fora de casa,
o dominante 
plagia como armadilha,
num pelouro
sem alegria,
espiritualidade indigna,
no subsolo
em ebulição,
para lá do equinóceo 
e do temperamento... (cont.)


Níquel

Campos desbravados,
secos cântaros
que se deitam
por terra,
no desejo de ficar,
mas não conter, 
esterilizar 
o negro do açude 
que arde no arsénio conjugado de dor
e querendas sem fim,
morre o desejo no ermo
que não apraz
nem amplifica a libido que traz...
A tintura verde tinge o opiáceo 
dos dedos gretados que fingem mel...
O precário do teu beijo
entala-se num abrupto solário
de insatisfações que não brindam,
mas se ficam,
quedam-se juntas
num pó branco macabro,
insolúvel,
que brilha no solo quente,
ergonomias "restatórias"
de um tempo que não vocifera 
nem faz corte à foz...
só me resta o luto 
neste sapal de morte,
e de rochedos vãos...