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sábado, 19 de outubro de 2019

Cenário Idílico






Campos sem fim
Jazem sob um mar
Adormecido
De praia mar
Contentora,
Relíquia de uma diversidade
Que não pode ser
Catalogada,
“Cronologizada”,
Colonizada
Dispersada
Ou desprezada,
Inserção sem isenção
Fragmentária ou reducionista.
O Adamastor
De tempos em tempos
Brinda-nos
Com a sua visita
Receada
Sem hora ancorada.
Os sinos tocam renitentes.
Lembram-nos
Que não detemos
Controlo de nada…
É o rei (DEUS) fora do terreno
Solidificado, arenoso, e desamparado.
Quem faz os esboços
De projetos escritos
Nas linhas do destino.
Sou do ar que a natureza exala num sopro de feroz fome
de lançamento intermitente, fugaz…
Suga a ira para lá da terra
E faz nascer um novo emblema
Que não se queda
Mas liberta
Como uma águia de duas cabeças (cristã)
Que ataca o dragão
Com falsas promessas e unguentos almiscarados …
Desmascarados pela brisa prenunciadora
De uma primavera divina e ancestral e ambígua …




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