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domingo, 1 de novembro de 2020

Crisálida

 A sala de tortura,

O seu encanto

Numa decoração densa

E desarmante

Onde a duquesa sádica

Imobiliza a presa,

Escoa—lhe o sangue

E coloca—a sobre a mesa!

O seu alter—ego ordena—lhe

Morte, homicídio, e elixires ecléticos

De um narcisismo puro,

Próprio do rancor abduzido

Por um anjo caído!

Iguarias do seu canibalismo pessoal!

Lambe os lábios diante a emboscada 

De um coração puro e jovem,

Latejante!

Brilha no escuro,

E cega—lhe o particípio passado

Do seu eterno desfecho!

Presa em areias movediças 

Do seu bosque pessoal

Suplica perdão em meio de lágrimas

Que semeiam plantas

Em areia morta, que mata!

Os caçadores contratados

Fogem face à miragem de uma promessa

Profética, que não podem alterar!

A dona ignorância tem charme

Mas mata quem a chama!


Imagem retirada da internet:

Condessa

  ERZSEBET BATHONY (condesa sangrenta)