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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

meu savage garden

 

Oleiro

Que traduz sentimentos no barro

Humedecido por palavras em cascata

Aborrecidas por uma iluminação soalheira

Que espreita e traz a boa nova.

 

É Deus como antecipação!

Que caminha em meu auxílio

E abre caminho

A um universo desmedido,

Participante na sua

Obra de criação,


  Sem concorrência desleal!




Nereide

 

Fina arte que enleva

Para lá dos deuses que criaste.

Que não são mais que

Dor e ambições vagas.

Um rodízio de apartes

Que mecenas reduzem

Ao pecado e no caule

De uma vida pagã,

Que se baste,

É mais um

Numa folha gasta

Empanturrada em saberes esgotados…

Que não cheiram

A verde pasto

Mas a um tejadilho de quereres

Inusitados sem telhas,

Mas heras que o tocam no desgaste…


imagem retirada da Internet:



sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Abuso

 Havia um jogo de infância

em que jogava com outras meninas

era o "quem é quem?"

Lembro-me como se fosse hoje!

Agradeço profundamente a Deus

por me mostrar  a essência

por debaixo da máscara humana de cada

transeunte no passadiço da ignorância!

Existe outro tribunal,

eu chamo-lhe tribunal dos Santos!

Quem irá escapar à justiça?!

Não estão sós neste mundo!

Nem podem fazer tudo o que diabo sussurra no parapeito

para outros Mundos! 


imagem retirada da Internet:



quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Devil quartier

 Compartimento fechado,

desgostoso, num pranto frondoso!

cheiros de lascívia,

misturados com o acre 

num álcool etílico   ...

paredes de purpura

prometem desejos

macabros,

conduzidos na ocasião!

A demanda é a acidez de uma tortura,

luxuria agonizante

que asfixia 

a alma nas suas vestes de alegria!



imagem retirada da Internet:

Legenda: Uma estátua de Apolo, nu em pé em um nicho, segurando uma lira na mão esquerda e apoiado em um tronco de árvore



quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

flautista de hamelin

 Faltar ao prometido,

Atrai a dor...

E o pai da mentira!

A vingança a sua solicitude...

Não se resolvem pragas com magia!

Sempre olhei de lado 

Os magos e os falsos profetas...


Imagem retirada da internet:



Usurpadores de inocência...

Estupradores da pureza

Destilada num olhar infantil!

O rei vai nu!

 Síndrome de quem se acha

e tudo perde num ofegar ...

a respiração alta!

O Diabo ata o nó do rancor!

Esbufa! Range os dentes contra mim!

Coloco a verdade em cima da mesa!

E bloqueia-me o caminho como esfera ardente!

Um tropecilho na calçada...

uma ventania na enseada ...

Mostra-me um pico difícil de escalada,

põe-me muros na entrada!

O orgulho o mais perigoso dos coléricos 

 sentidos ...

Compra-te a alma 

numa bancada de feira

onde a carne exposta 

é dilema para os eleitos!


imagem retirada da Internet:






Rede de Parafina

 Um muro separa os corações!

Da outra facção ódio

e calabouços de medo!

Os olhos com as pupilas dilatadas 

enunciam um desgaste de alma...

mergulhados em assimetrias opiáceas ...

Vagões de rancor expelem nos poros 

de gente que se acha tralha...

Perdida em betão e em gemidos

fora do Amor,

onde o afecto atrapalha!

Apanham sólidos semeados 

junto a uma falésia inflamada...

A sua arma as palavras

e as pedras até casa!

Nos furos de uma rede armadilhada 

que divide os cleros e os degredos

A pedra amplifica uma gestitud rocambolesca,  

significância de outros tempos...

Onde homem se acha justo de fazer "juz - tiça"

com as suas próprias mãos

e assina veneno 

na entrega de um amor (dilema amor/ódio, onde o ódio sub-domina) 

plácido pelo negro

de um inferno reiterado ! 


imagem retirada da internet: