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domingo, 21 de fevereiro de 2021

Glicínias

A gaivota sobrevoa em círculos

Atenta à ordenança do vento,
A moz do moinho desfalece
Em temores extrapolados 
O Adamastor devora—lhe 
A saudade e os quatro pontos cardeais,
 Quedam ao som dos ecos de tortura,
Onde o rancor pula e dá voz ao medo,
Gritos de desamparo e tertúlias evasivas
Recobrem credos num alçapão
Sozinho.




sábado, 6 de fevereiro de 2021

Dust Evil



O assombro do desconhecido,

Com vestes de mordomia,

Recalques inusitados

Num âmbar precipitado

Elixir de novos ecos.

o amor  esse macabro

cinge o retalho

Agreste de enfeites multicolores 

Demarcando a feição de uma seta

Que aflige a armadura e trespassa

a criação!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Colo de Jesus

 Já não adoram o ouro que sobeja

Na Fonte há maresia em "Supra"

Que recorda os teus lábios,

Em supremo galanteio

Afirmas a redondeza de um singular dom,

Onde Deus opina e aponta a saída!

Leva—me no teu regaço

Onde o peito se inclina e restaura

A tez dos teus beijos,

São caramelos preparados com o sabor

Da paixão, que vinga nas veias e esbraveja

Ondulando em querelas em flor

Que mitigam os sons em nado

No lago do narcísico extasiado

Em conformismo com o seu espelho

Enganador!





Valsa

As paredes de alabastro

Revelam saudade em cal,

O arrependimento uma chaminé sem asas...

A Máscara

Da fantasia não esconde

A flecha que trespassa.

A agonia envergonha...

É um novo dia de pranto,

Os dias numa malga

Como ”sorvidos” num gole

Que trespassa a alma,

As muralhas ajoelham—se 

Perante o mar ,

Prestam—lhe vassalagem!





Paz na terra e amor a Deus!


Faz colina na chegada,

E amor em salga.

As flores brotam em musgo verde,

A sua permanência,

Resoluta

Amorosa e mistificada

Rodeada de ladeiras em afrontamento

Descarnadas em emblemas de ópio

Mascarado em dilemas de desamor,

A chave mestre categoriza

Sentimento em ordenança superior!





terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sanctus Jacobus

 Revés de montanha que verga

A morte num convés seduz—te de esguelha!

Lança—te a rede do ódio,

Esse vassalo do mal,

Repassa—te com uma seta envenenada,

O seu prazer a aflição!

Gritos moribundos ressalvam

Um instinto de revolta,

Aprendiz da ingratidão!

Insalubre lago de cobiça

Trai quem passa e quer beber

Porque imagina perfeição!



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

AVE, César!

 Imperador

 e usurpador!

Requintado e sem fulgor

César fascina um dia e caí traído noutro....

O PODER contamina !

Tal como um vírus dissemina!

O seu próprio filho se torna o assassino!

"Tu quoque fili?"

De que vale bustos e peças 

Perdidas?

Tudo é um sopro e ninguém cá fica!


Legenda: ligações sinápticas em expositor