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domingo, 8 de novembro de 2020

O sopro de vida

A corrente de esperança

É o sopro de Deus!

Sem o seu sopro sucumbe— se à morte!

É o afago do espírito santo na hora da aflição

Que comove, que dá a paz

E liberta—nos

Das algemas das trevas!


Imagem retirada da internet :

Sopro de vida!


sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Beira—mar

 Na outra margem

Surtiu o mar!

Em plena astenia,


Brigou o fogo com a terra,

Só a areia restou...

A explosão de argumentos

Ruminou e transbordou!

 O dinheiro sempre cúmplice

Da mágoa...

Calculista na sua insanidade,

Causa exílio em massa!


domingo, 1 de novembro de 2020

Parados no tempo

 Há buracos no trilho 

Onde te perdes !

A casa revestida de chocolate

Torna—se iguaria, mas apanha—te

No percalço e sabe—te a fel!

O desafio da prova sai—te caro!

O imediato aprazível vinga—te nas veias

E como uma armadilha torna—se o doce da hora!

Uma rede de pesca para quem demora...

Um Dragão para um coração partido,

Que ao inflama—lo torna—se cinza,

O ódio descoze o remendo,

Onde brotam as emoções tripartidas!

Numa recta, um carro desfalece

E sumptuoso não para na partida

Para a verdadeira casa!

Imagens retiradas da Internet:





Gueixa

 Memórias deambulam no meu cérebro

Como serotonina....

À margem da lei retornam vivas!

O cabelo cai numa liturgia conseguida!

São peças de puzzle que não encaixam!

Enganadas seduzem mas não refrescam!

 São passadiços da ignorância

Que conduzem 

A um labirinto sem saída!

O mapa do tesouro

Não é físico que se ache!

É mnemônico,

Espiritual...

Os céus segregam—te

Mas não o decifras!

Só acessível aos dúbios!

Os de coração aberto

Do nada a desejar

Nem a esperar!

O ouro não lhes cega,

Nem no pretexto, nem na causa!

imagem retirada na internet:




Crisálida

 A sala de tortura,

O seu encanto

Numa decoração densa

E desarmante

Onde a duquesa sádica

Imobiliza a presa,

Escoa—lhe o sangue

E coloca—a sobre a mesa!

O seu alter—ego ordena—lhe

Morte, homicídio, e elixires ecléticos

De um narcisismo puro,

Próprio do rancor abduzido

Por um anjo caído!

Iguarias do seu canibalismo pessoal!

Lambe os lábios diante a emboscada 

De um coração puro e jovem,

Latejante!

Brilha no escuro,

E cega—lhe o particípio passado

Do seu eterno desfecho!

Presa em areias movediças 

Do seu bosque pessoal

Suplica perdão em meio de lágrimas

Que semeiam plantas

Em areia morta, que mata!

Os caçadores contratados

Fogem face à miragem de uma promessa

Profética, que não podem alterar!

A dona ignorância tem charme

Mas mata quem a chama!


Imagem retirada da internet:

Condessa

  ERZSEBET BATHONY (condesa sangrenta)

Colagens

 O Mundo lembra-me as colagens

que tenho à janela do quarto,

arranjo-as por ordem e colo-as

num seguimento numa orientação sem conhecimento...

criativa e não usual...

Num instante tudo se descola

em desfoque

e submete-se à fúria humana 

que inutilmente na sua mesquinhez profana afunda-se...

tal como o piso que se acha seu, mas não pagou para tê-lo!

 

imagem retirada na internet:



Submersa

 Debaixo de Água

vejo tudo tão nitidamente...

O sol por trás de África ilumina-a!

Um território reluzente,

escapa-me do meu leque de visão a cada hora que amanhece...

Passa um barco de grande porte por cima de mim,

a todo a vapor...

Como fosse atacar alguém desconhecido...

O mar nos sonhos parece de outro mundo...

Mais lúcido de uma pureza que só o desígnio de Deus 

mostra para além do futuro! 

 

(Mas subitamente consciente acordo e reparo que África foge-me 

Para lá do tempo e do espaço! (...)

 Como escapasse para outro canto do Mundo! )

imagem retirada na internet: